"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

quinta-feira, 31 de março de 2011

Da mente a lama [desventura enterrada]

                                                 

Dentro de algum mangue, escorado entre as raízes e enterrado na lama, as lembranças vividas não há muito tempo libertavam-se instantaneamente e impulsivamente de uma mente que só queria por alguns segundos relembrar o quão difícil tinha sido a noite passada.  Mesmo naquelas condições foi possível haver concentração o suficiente para uma apropriação imediata de valores invertidos e nunca usados nessa ordem, foi a primeira vez que o sentimento foi colocado a frente da razão. Palavras soltas de um contexto e ricas de sentimento ergueram-se diante de uma chuva que vinha para literalmente lavar a alma e limpar todo resquício de dor que ali existia, a chuva então, mesclou-se as palavras e assim tornaram-se poesia, repetida inúmeras vezes com um ar sereno de felicidade cada vez mais crescente, foi quando toda essa serenidade tornou-se euforia e a um golpe avassalador de loucura ele se libertou de toda armadura de dor que o revestia e voltou a ser ele mesmo.

Lipe...[...]

domingo, 27 de março de 2011

Chá, livro, blog e o amor..


                                                                         

“Mas Levine estava apaixonado e por isso Kitty lhe parecia uma criatura tão perfeita em todos os sentidos, tão para além das coisas terrenas, enquanto ele, pelo contrário era um ser tão baixo e mundano, que não podia pensar sequer que ela e outros o considerassem digno de aspirar à sua mão”
 

          Boa noite gente, hoje num tom poético, escrevo-lhes sobre os entre lances do sentimento mais querido por muitos e renegado por outros a exemplo de experiências vividas e absolvidas no meu convívio..O trecho do livro Ana Karenina (Leon Tolstoi) resume o quanto  injusto é o pensamento do apaixonado que se digladia com sigo mesmo a procura de qualidades perfeccionistas as vezes não verdadeiras do ser, que de alguma forma passa a ser cultuado por uma junção  de sentimentos não semelhantes, mas que relacionam-se. Por isso alegria e tristeza andam tão juntas que chegam a ser confundidas ao ponto de nos martirizarmos por motivos nunca definidos...Mas porque o amor é tão complicado?? A meu ver, este sentimento não é nada complicado, o segredo é sentir, curtir, aceitar o amor quando vem. A complicação em entender tudo isso vem da interpretação de como lidamos com amor e de como esse sentimento nos influencia...
Desejo, paixão e amor são sentimentos totalmente diferentes, mas que sempre se integram, são considerados quando seguidos na proporção certa, estágios de desenvolvimento para um produto final, nesse caso, o tão desejado amor...Mas porque amar a outra pessoas é tão difícil?? Sempre é necessário que se compreenda a quem estamos amando em primeiro lugar. O amor deve existir dentro da gente, ser canalizado a nós mesmos pra depois ser transferido para outras pessoas, objetos, trabalhos, ou seja, sempre devemos amar a nós mesmos, só assim o coração estará aberto a transferência de partes desse amor a personagens diferentes...
Ninguém nasceu junto [exceto os gêmeos, mas eles não estão enquadrados no que estou me referindo], então é obvio que todos somos deferentes, sendo no modo de pensar, no vestir e também no amar. Saber aceitar as diferenças das outras pessoas é começar a entender que o amor passado por ela nunca será igual ao que você transmite e que a forma de receber esse amor muitas vezes pode ser um choque, pois o amor é como uma corrente elétrica que pode passar de corpo a corpo ou de mente a mente numa intensidade tão grande que talvez fenômenos como sentir o que a outra pessoa sente podem ser bem observados...Por fim, o amor deve sempre caminhar junto com a felicidade, pois a graça de tudo é sempre ser feliz com que fazemos, é claro que como há diferenças, momentos de perturbação virão, mas é aí que aprendemos a nos adaptar ao ambiente, as pessoas e principalmente aos sentimentos...

Lipe...[feliz com tudo isso...niguem fará nada por nós, as oportunidades serão dadas, cabe a nós aceitarmos e corrermos atrás]...Ana Karenina, livro perfeito, aprendendo muito c ele..

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sozinho...


  
                                                

Depois de um dia pouco produtivo, a aziação tomou conta de todo meu ser e o pior é que tudo conspira a favor...Com forfun tocando alto eu tento afastar de perto aquela que é uma das minhas piores inimigas. Hoje não quero curtir preguiça e nem ficar parado, a vontade de soltar toda aquela energia guardada durante dias torna-se uma certa esquizofrenia controlada e compassada que nem toda bebida do mundo é capaz de curar...A única cura pra essa que já pode ser chamada de Priguiazianite aguda é uma presença, mas como toda doença tem seu remédio especifico, a minha não é diferente. Não nasci pra viver só e o efeito que essa solidão causa em mim é muito pior que um dia estressante ou uma briga com alguém...
O que eu quero mesmo é um trecho de uma musica que acabei de ouvir aqui “o bom é se diverti, fazer a minha tatoo, mandar os problemas e geral tomar no cú ”, falar isso mesmo que num blogue, sem direção alivia qualquer tensão, é como se essa energia fosse liberada de alguma forma...Claro que há momentos pra ficarmos só, aqueles momentos só nossos, de pensamentos, lembranças, sei lá cada um tem o seu, mas o meu não pode passar de um dia ou então já me sinto estranho....Ahh gente, vou acabar esse post por aqui, afinal não gosto de postar essa parte estranha e porque não dizer aziada da vida..

Lipe..[Quero meu remédio]

Expedição ao cedro [ Reanimação da alma]

                                                                          

Boa Tarde..Senti saudades sabia?? Em pensar que foi só um dia que passei longe desse bloguinho...Eh, agora sim, uma coisa só passa a ser considerada muito importante na minha vida a partir do momento que eu começo a sentir essa falta, é como a biologia, as pessoas, os sentimentos etc...Estava em coleta num povoado chamado Cedro e não aguentei nem descansar antes, tive que vim  logo aqui mostrar como foi toda essa aventura marcada por muita lama, rio forte, acampamento entre outros fatores que só ao vivo para serem percebidos.
Tudo começou no inicio da manha de ontem, coisas arrumadas, tanque cheio e eu peguei minha companheira de coletas, minha moto, e sai pela estrada a caminho do lugar onde seria realizada a tal coleta, logo atrás, vinham os demais integrantes da equipe no carro da UFMA...Só alguém com um espírito livre e um gosto incessante pela emoção, pra ir de moto depois de uma chuva daquelas  com os nervos todo tempo a flor da pele e um rock tocando forte no ouvido...No meio da estrada de piçarra encontramos de cara logo uma cobra cascavel, indicio de que o dia iria prometer e claro que pegamos, afinal tenho certeza que o pessoal da herpetologia faria o mesmo pela gente...

                                                                            
O fato é que eu ir de moto foi vantajoso, pois a lama era tão grande que o carro atolou no meio do lamaçal, foi preciso chamar o trator pra tirá-los de lá, já eu passei, meio aos trancos e barrancos, mas passei...Ahh gente, e nada como a emoção de um rali pra deixar a cabeça de um louco no lugar...Chegamos ao local, descarregamos o carro, montamos acampamento e fomos da inicio a coleta bimestral. Com as intensas chuvas que tem caído ultimamente, o nível do rio estava muito alto e a correnteza muito forte, mais uma emoção pra equipe. Botamos as redes ao longo do rio e fomos realizar outra forma de pesca que visa capturar os peixes que residem entre as plantas macrófitas, chamada “bater peneira”, apesar da longa duração desta parte da coleta e um desgaste físico muito grande o bom humor e a vontade trabalhar predominavam no local, motivando todos a exercer suas funções com êxito.
À noite, depois daquele jantar [que não comi muito, pois o regime ta forte] chamei Vanessa pra minha cabeça e fui deitar meio cansado, esgotado e com a mente alerta afinal às 4:30 da manhã tínhamos que estar de pé pra tirar as redes, ou seja, entrar no rio a noite, no escuro e no frio..Adooooorooooo!!!! Pela manha foi tudo mais tranqüilo, as redes tiradas, os peixes fixados e partimos em retirada pra mais um rali e de volta a universidade.

                                                                           
Ahh gente, pensando bem, eu vinha muito pra baixo, muito estranho, nem eu mesmo estava me reconhecendo e depois das palavras de uma amiga e uma coleta dessas, tudo voltou ao seu lugar, eu to feliz, curtindo e pronto pra outra [Eu tava precisando mesmo era disso...kkkkk]  No domingo eu parto em outra expedição, dessa vez é no mar, registrarei os fatos e postarei tudo aqui pra vocês..

Lipe..[Essa é minha vida, esse é meu clube..Só não reparem no meu português incorreto ao pronunciar a palavra rião no video!!!]

quarta-feira, 23 de março de 2011

Teatro Mágico [Essa merece..]

         Dos poetas independentes do mundo de OS...de Osasco, o Teatro Mágico é uma banda que com suas músicas e performances teatrais tomaram conta dos ouvidos e olhos de muitos brasileiros que sabem entender o verdadeiro valor uma  boa produção  e até daqueles que ouvem por simplesmente gostar...Eu o garoto que sou, gostei não só porque são poesias transformadas em música, e sim pela transparência passada, a simplicidade imponente e a semelhança com a musica que por toda minha vida sonhei em fazer [Eh gente..uns dos meus maiores sonhos é ser músico], são sentimentos conectados a pedra mais alta que junto a um  zazujejo, separô toda forma de prato do dia, ecoando notas a um simples carinho de mãe..kkkk. Eu não sou Chico mais eu quero tentar....

                                                                             O meu científico pessoal

Separô
O Teatro Mágico
Separô toda a minha correria
Separô o joio do trigo e da padaria
Separô diante de mim quando minha tristeza era parte do dia
Separô Dona Beleza de Dona Maria
Separô o que não restava do que já não tinha
Separô diante minha palavra e se fez poesia
Separô pra ouvir meu protesto, meu gesto que - incerto -
talvez não faria
Separô o silêncio da dor me trazendo alegria
Separô pra pensar no que a gente faria
se não houvesse a poesia,
se não restasse farinha pro nosso pão!
Iria só até o fim
Daria tudo e mais um pouco de mim
Separa um tanto que o outro eu te dou

Separa a chuva pra continuar flor!


Lipe...[Omovedooooorrr carejangrejooo!!!]..Comprando os dvds..

terça-feira, 22 de março de 2011

Um faz de conta que acontece...


                                                                             

Aula de ecologia...Eu me vejo em um lugar que amo, mas no exato momento não queria estar, é como se só o corpo estivesse aqui, ausente de pensamento, uma certa ausência de alma. Todo o conteúdo ministrado na aula entra por um ouvido e sai pelo outro [Ahh!! Depois eu me viro] e meu pensamento/alma parte em uma viagem pra um mundo pra um mundo que eu ainda não conhecia. Talvez tenha sido assim que Alice sentiu-se ao ir parar no mundo maravilhoso [Mas aí só uma conhecedora no assunto pra me dizer].
Com os lábios secos de sede e uma vontade incessante por chocolate, meu dou conta de que esse mundo em que me encontro é formado por personagens mistificados do meu dia-dia, são pessoas, ambições, motivações, alegrias e tristezas que movimentadas por uma poesia encantadora e instigante são guiadas por uma chapeleira maluca...As letras, sons e poesias recriavam toda história evolutiva de um garoto que no momento só queria brincar com uns cachos loiros que nem ele sabia de onde tinham vindo...É como no seriado Capitu, que no fim todos os personagens forma surgindo no palco, e ao fundo pela voz do personagem principal uma mirabolante poesia que fechava toda estória , a diferença é que no meu novo mundo quem contava a estória era a tal chapeleira.
Por muito tempo pensei em não voltar pra realidade, à aula já não tinha mais graça e o que mais me intrigava nessa aventura maluca era da onde havia surgido aqueles cachos saltitantes e divertidos que eu gostava tanto...Entrei em uma constante discussão com a chapeleira, afinal porque ela que contava minha estória?? Da onde surgiram os cachos?? Bem distante e ao mesmo tempo perto ela respondia que ela era eu...Sim, e os cachos?? Foi quando ela tirou o chapéu e seus lindos cachos loiros e loucos caíram...eu, abismado com tudo que acontecera, fiquei sem palavras, então ela sorriu discretamente e disse: Os meus cachos nos une como peças de um quebra cabeças, por isso são cachos, por mais que estiquem e distancie nossas almas, sempre retornam e ficamos próximos novamente...Por fim antes de me deixar voltar ela que agora não era mais uma chapeleira, mas se definiu como a própria Alice pegou três pontos bem grandes que formavam um reticências abriu a pagina final da minha estória e os jogou lá...

Lipe...[Não vejo a hora de voltar pro meu mundo imaginário]