O atraso quase atrapalhou aquele encontro meio que escondido na ultima fileira do canto esquerdo do cinema. Antes disso as mensagens chegavam num típico semblante de “O filme já começou, vai perder” e ele mesmo num ônibus lotado se concentrava cada vez mais no que ia dizer quando encontrá-la. Enfim conseguiu chegar, e depois de certa implorada na bilheteria comprou o ingresso. Entrou na sala, o coração batia forte, estava nervoso, mal prestou atenção nas pessoas que estavam ao redor, pois só procurava ela.
Foi engraçado quando ele a viu, mais deitada que sentada na poltrona, os cabelos bagunçados, mas perfeitos, e o sorriso metálico mais lindo do mundo. A mão tremula entregou o presente, disse que queria que ela se sentisse um pouco mais “natural” e num impulso de alegria ela faz a pergunta que quase o derruba da cadeira, “ta nervoso”.
Eles quase nem se importavam o com filme que passava, elogiavam e xingavam os atores e conversavam sobre mil coisas, os papos iam desde Megan Fox ter seis dedos até a espiã loira sentada a algumas cadeiras depois, foi um momento perfeito pra ele, estava tão a vontade que nem se importava mais com o balanço que seu coração e sua cabeça davam.
O sinal de que se gostavam era evidente, a amizade dos dois já era algo maior e um simples toque de mãos, um beijo no pescoço e um olhar que nem ele sabe explicar traduziam o quão maravilhosa tinha sido aquela tarde...Voltaram a se encontrar?
Todos os dias...
Lipe...[O amor também pode ser defino pelas coisas que nos divertem. Não é preciso estar junto pra se gostar, as vezes o beijo acaba com aquilo que pode ser perfeito. As vezes....]
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